terça-feira, 25 de setembro de 2012

pela primavera





pelo dito no momento inexato; pelo sorriso em estado de graça; por acreditar no impossível; pela música que nos toca; por não seguir os ditados de sempre; por romper a tradição, principalmente aquelas que nos tiram a possibilidade da escolha; pelas nuvens que bailam formas únicas no céu; pelo sim amplificado nas praças públicas; pela prosa saborosa; pelo frugal deleite de acordar sem relógios e alarmes; por se dar ao direito de não saber as respostas, principalmente por saber perguntar; pelos momentos de encontros surgidos ao acaso; pela liberdade de errar, de sinceramente errar; pelo desejo que se faz festa na pele e rejuvenesce o corpo; pela poesia de todo dia; pelos muitos e diversos caminhos que os amigos nos abriram, por aqueles que só os nossos pais abririam; pelas madrugadas insones; pelo choro e a perda de alguém querido e querida; pelas vezes que esquecemos que a economia é o centro que movimenta o humano labutar; por seguir em frente mesmo após seguidas porradas; por olhar a vida de outro ponto e de outro e outro...; por andar com os próprios sentimentos, descalçados de preconceitos; por saber e reconhecer o dia de hoje como a pedra de toque que tece o passado e o futuro - ao mesmo tempo; por tantos e tantas; pelo vinho e pela dança; pelo olhar de criança; pelo brandar leminskiano distraídos venceremos: evoé primavera!



fernando cisco zappa,
23 set. 2012





 *Texto e imagem disponíveis na página pessoal do autor no Facebook.

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