quinta-feira, 8 de abril de 2010

8 de abril anoitece a poesia




por Lou Vilela


Minha poesia anoiteceu
verde-rosa-enlamaçada
metida em buscas
de letras soterradas.

Mutilada esper_nç_!
Executa-se um choro brasileiro
- origem, Rio de Janeiro.

Braços firmes a(bril)molecem
olhares que se misturam ao barro:
o artesão modela novos dias.


..............por Líria Porto


olhos barrentos
transbordam durante
as enchentes

transformam em charcos
os corpos cansados
de sofrimento


por Fafi


Mais de 200 pessoas mortas.
Enquanto só morrem os pobres
Não há Culpados ou Responsáveis.



por Hercília Fernandes


É preciso dizer:
- não é a chuva vilã!

Deus nem o diabo fazem história!

Homens clamam fortuna pela derrota
Criam morros castelos [ encostas ] de-
visões...

A marginalidade fabrica heroísmos
O altruísmo dos que, ano a ano,
fingem nada enxergar...

[ não é a chuva vilã!... ]




*Imagem do filme A névoa.