sexta-feira, 19 de setembro de 2008

NAS LINHAS DA NARRATIVA. Relato (Autobiográfico) do III CIPA

Hercília Maria Fernandes
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(PPGEd / UFRN)

1 Introduzindo a Narrativa

Assim como o exercício da leitura, a escrita comporta exegese. Quem escreve, escreve para si mesmo e para o outro, alude a pesquisadora Margarida Neves em seu artigo História, Memória e Memorialística[1].

O autor transcreve em determinada quantidade de linhas certa leitura de mundo, aponta direções, inferências, vieses discursivos, sentidos claros e, também, não-ditos.

Registrar uma experiência e/ou fato, emoção, sensação, por mais clara ao espírito, requer um mergulho na subjetividade, naquilo que é privado, individual, “miúdo”; para que a memória traga, à superfície, os fios e artefatos que permearam determinada sensação, dado, experiência...

Por isso, narrar é também um fenômeno autobiográfico, confessional, posto que o narrador tende a transmitir os pontos de vista sob o qual o seu olhar se projetou durante a vivência e, ao narrá-la, o autor reveste o objeto de sua contagem com a construção de uma imagem, ou persona, que incide sobre ele mesmo e o real-contado.

Com base nessas considerações introdutórias, tentarei realizar aqui a narração dos fatos que marcaram a minha passagem pelo III CIPA – Congresso Internacional sobre Pesquisa (Auto) Biográfica. Formação, Territórios e Saberes -, evento que se realizou na cidade de Natal-RN, durante os dias 14, 15, 16 e 17 de setembro de 2008, no Centro de Convenções do Praiamar Hotel, localizado em Ponta Negra.

Porém, não é objetivo da minha contagem realizar um relato de experiência seguindo exclusivamente os moldes fixos, regras de criação e normas predeterminadas. Outrossim, é realizar o registro daquilo que as emoções, sensações, percepções... se aglutinaram em meus sentidos e repercutiram sob o meu espírito.

Proponho-me, então, à construção de sentidos seguindo as linhas tracejadas pela memória, pelo cordão intuitivo dos sentimentos e sensações; para que / quem sabe o Tempo, esse Senhor da Lembrança e do Esquecimento, não as apaguem nas “dunas” da história, tornando-as matérias fadadas aos dessabores da amnésia.

Contudo, para que o conteúdo de minha exposição se torne claro, tanto para mim quanto para o leitor, também utilizarei no curso da narrativa, além das ardentes lembranças pessoais, de fontes escritas e fotografias a fim de estabelecer contextualizações relevantes para exposição do objeto da contagem[2].


2 Narrando Algumas Linhas d’O III CIPA

O III CIPA, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGEd/UFRN) e presidido pela Profª Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari Passeggi (UFRN), teve como objetivo central:

[...] reunir pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento para buscar aproximações epistemológicas, teóricas e metodológicas sobre a reflexividade (auto) biográfica como modelo hermenêutico de compreensão do mundo humano e examinar suas contribuições para a investigação científica, as práticas educacionais, procedimentos de formação e intervenção social (APRESENTAÇÃO, apud CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA (AUTO) BIOGRÁFICA, 2008)[3].

O Congresso reuniu personalidades da pesquisa (auto) biográfica de vários centros científicos: Canadá, Espanha, França, Itália, Portugal, Polônia, Brasil... Dentre os pesquisadores internacionais presentes, destaco a participação do Prof. Pierre Dominicé (Université de Genève / Suíça); da Profª Cristine Deloy-Momberger (Université de Paris / França); do Prof. Gaston Pineau (Université de Tours / França) e da Profª Isabel Lópes Górriz (Universidad de Sevilla / Espanha).

Algumas das exposições dos pesquisadores internacionais, tive o privilégio de assistir, como a proferida pelo Prof. Pierre Dominicé que apresentou, em Mesa Redonda coordenada pelo Prof. Humberto Hermenegildo (UFRN) e compartilhada junto aos professores Alípio Casali (PUC-SP) e a Profª Margarida de Souza Neves (PUC-Rio), uma análise do “Legado pedagógico-educacional de Paulo Freire para a memória, à formação e à pesquisa autobiográfica”.

Outra célebre exposição, em Sessão Coordenada pela Profª Marta Maria de Araújo (UFRN), foi a proferida pela Profª Isabel Lópes Górriz que dissertou sobre o tema “A autobiografia como geradora de um modelo formador/educativo de cura e transformação existencial/social”, dividindo a sessão com os professores Roberto Sidnei Macedo (UFBA) e Inês Barbosa de Oliveira (UERJ).

Além das comunicações citadas, participei de um mini-curso ministrado pela Profª Maria Isabel Galvão Gomes Pereira (Université de Paris / França), nos dias 15 e 16 de setembro, cujo curso se desenvolveu a partir do tema: “Práticas educativas, territórios e biografização: reflexões a partir da educação rural”.

Apreciei as belas exposições existentes na programação do III CIPA, dentre elas: a exposição de “cadernos escolares como lugares autobiográficos”, da curadora Ana Chrystina Venâncio Mignot (UERJ), intitulada “Não me esqueça num canto qualquer”; a exposição “Ler/Sonhar: signos da busca da brasilidade nas dedicatórias de Mário de Andrade a Câmara Cascudo”, dos curadores Daliana Cascudo Roberti Leite (MeCC / FJA) e Humberto Hermenegildo (UFRN); e a exposição “Bertha Lutz: de memoria, de Intelectu, de Voluntate”, sob a responsabilidade da curadora Yolanda Lima Lôbo (UFRJ).

Visitei também as sessões de pôsteres, admirei os trabalhos expostos por editoras e artesãos locais, e reencontrei queridos professores, como a Profª Marta Maria de Araújo, e colegas da linha de pesquisa Cultura e História da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN.

Todas essas experiências deixaram-me cores e sabores diferenciados nos olhos, nas luzes, nas multividências..., e contribuíram para despertar a minha vontade, cada vez mais crescente, de saber.

Porém, como me proponho aqui tracejar os apetrechos da memória à medida dos sentimentos e acepções individuais, tentarei narrar a grande emoção que permeou a minha passagem pelo III CIPA: o encontro com a ilustre historiadora Margarida de Souza Neves (PUC-RJ) e a sua célebre exposição em Mesa Redonda.


3 Narrando o Memorável: “Encontro da Jovem Pesquisadora com a Historiadora Margarida de Souza Neves”


Fui ao III CIPA ciente da participação da professora no Evento, que faria, em Mesa Redonda, a explanação do tema: “O Artesanato da Memória. Luís da Câmara Cascudo e a Narrativa Autobiográfica”, no dia 16 de setembro. Porém, antes de narrar os fatos que permearam a participação da Profª Margarida de Souza Neves no III CIPA, convém que eu conte alguns acontecimentos antecedentes.

Há aproximadamente dois anos, correspondo-me com a profª Margarida de Souza Neves, em razão de sua vasta publicação em torno do objeto de minha investigação no Mestrado em Educação: Cecília Meireles.

Margarida de Souza Neves - Doutora em História, Professora Titular da PUC-Rio e Pesquisadora do CNPq – organizara, conjuntamente com as professoras Ana Chrystina Venâncio Mignot (UERJ) e Yolanda Lima Lôbo (UFRJ), o livro “Cecília Meireles: a poética da educação[4]” (2001). Obra fundante no despertar do gosto pela pesquisa sobre “Cecília Meireles e a sua ação pedagógica na literatura infantil”.

Além do livro, a profª Margarida publicara no site Modernos Descobrimentos do Brasil - projeto patrocinado pelo CNPq e vinculado ao grupo PRONEX, sediado no Departamento de Cultura e História da PUC-Rio -, vários artigos sobre Cecília Meireles e a educação que colaboraram, significativamente, para a construção da escrita de meu trabalho dissertativo, onde destaco os artigos: “Por mares poucas vezes navegados. Cecília Meireles e a literatura infantil[5]” e “História, Memória e Memorialística[6]”.

Um pouco antes de sua distinta participação em Mesa Redonda, tive o prazer de conhecê-la pessoalmente no momento de sua chegada ao Centro de Convenções do hotel Praiamar. Quando a professora chegou, acompanhada pelo prof. Humberto Hermenegildo, encontrava-me conversando com a profª Ana Chrystina Venâncio Mignot sobre a sua exposição de “cadernos escolares” no III CIPA e, subitamente, Ana Chrystina comenta: - “Olha, a Margarida chegou”!

A professora da UERJ dirigiu-se à ilustre recém-chegada e eu permaneci imóvel, observando a cena maravilhada. Entretanto, para a minha surpresa, a profª Margarida reconheceu-me, dirigindo-me à fala: - “Essa é a Hercília”?

Então, me aproximei do grupo e falei do meu contentamento em conhecê-la e de minha admiração por seus trabalhos. Quando nos dirigíamos ao local da exposição da professora, tivemos o percurso interrompido, no hall do Centro de Convenções, por um fotógrafo que registrou a emoção de estar ao lado da professora Margarida. Em seguida, caminhamos ao salão Jacarandá, local destinado à Mesa Redonda, e, no percurso, trocamos palavras de gentileza.

Por esses e outros motivos, sinto enorme admiração, afeto e gratidão à professora Margarida Neves que, além de dedicar a sua vida à pesquisa historiográfica e à conservação da cultura e memória do nosso país, mantém um coração generoso capaz de se comunicar com jovens pesquisadores, dentre os quais me incluo, e apontar caminhos de busca e saber.


4 Narrando a Mesa Redonda: “Margarida Neves e o Artesanato da Memória e a Narrativa Autobiográfica em Luís da Câmara Cascudo”

A profª Margarida Neves dividiu a Mesa Redonda com mais duas célebres personalidades da pesquisa educacional: os professores Pierre Dominicé e Alípio Casali; sendo os trabalhos da mesa coordenados pelo prof. Humberto Hermenegildo.

Após a exposição dos pesquisadores da Université de Genève e da PUC-SP, Margarida Neves inicia a sua envolvente exposição sobre Câmara Cascudo, memória e narrativa autobiográfica. Nos Anais do Congresso se pode refletir o propósito do seu trabalho à atualização da pesquisa sobre Câmara Cascudo e à temática do III CIPA:

O texto pretende aprofundar a relação entre a narrativa autobiográfica de Luís da Câmara Cascudo e a construção que faz de sua persona, de forma a, por um lado, estabelecer, teoricamente, os nexos orgânicos e necessários existentes entre memória, identidades e projeto intelectual e, por outro lado, operar com um conceito de memória estabelecido em diálogo com textos produzidos por cientistas sociais contemporâneos e tendo como referência empírica os escritos autobiográficos de Cascudo e a dimensão autobiográfica do conjunto de sua obra de historiador e de etnógrafo (NEVES, 2008)[7].

Margarida inicia a sua exposição dirigindo-se aos demais convidados da mesa e estabelece uma relação do seu objeto ao anteriormente proferido pelos professores acerca da emblemática obra de Paulo Freire e aponta um aspecto comum: “assim como Paulo Freire, Câmara Cascudo fora um ‘contador de histórias’”.

Após a analogia introdutória, a professora compartilha com a entusiástica platéia sobre o desafio de uma “carioca” expor, em terra Potiguar, uma pesquisa sobre Luís da Câmara Cascudo. E apresenta os principais desencadeamentos discursivos de seu trabalho no Congresso.

Segundo Margarida Neves, Câmara Cascudo constrói, ao longo da vida e de sua vasta obra, a imagem ambígua do “paradoxo”; sendo a “pluralidade” uma das marcas de maior tessitura de sua personalidade humana e intelectual de historiador poliglota e "polígrafo" voltado aos estudos folclóricos, da cultura, das tradições, das diversas linguagens e manifestações populares. Conforme se pode também verificar no artigo da historiadora Artes e Ofícios de um “Provinciano Incurável”:

Múltiplo e polígrafo, [Câmara Cascudo] exibia como título de glória e marca de identidade o que dele dissera um dia Afrânio Peixoto: ser um provinciano incurável, de tal forma arraigado nas dunas de sua cidade Natal, que jamais cedeu ao canto de sereias que o instavam a trocar as margens do Potengi pelos grandes centros onde o poder se exercia, em plano nacional, na política e na cultura (NEVES, 2002, p. 65-85)[8].

Como imagem do paradoxo, a vida de Câmara Cascudo traduz a tentativa de conciliação entre extremos, de união do aparentemente contraditório: o Cascudo "chefe de família", arraigado aos bons valores e à moral, e o Cascudo “boêmio”, exímio cantador das belezas da Ribeira e do Rio Potengi. No tocante ao intelectual, o pesquisador poliglota [e polígrafo] historiciza a sua terra e os costumes de seu povo por meio de várias linguagens. Tal qual a musa Clio[9], o historiador navega nos artefatos da memória, assumindo a função de "guardião" da lembrança, segundo assinala Margarida Neves (2002, p. 65-85):

[...] No exercício de sua função intelectual, [Câmara Cascudo] atua como o mnemon, o homem-memória dos tempos de outrora, e assume a função de guardião daquilo que deve ser constantemente lembrado por uma determinada sociedade porque instaura o que é comum no solo sagrado da Memória, diluindo diferenças individuais e sociais, estreitando laços, conferindo sentido ao que aparece como obra do acaso, consolidando relações no plano simbólico. Transformando enfim a societas em comunitas porque conhece a alquimia da liga misteriosa que solda, firmemente, o que pode vir a ser dispersão e mesmo conflito.

No III CIPA, Margarida Neves acena para o caráter autobiográfico da obra de Câmara Cascudo, e aponta para a natureza singular do suporte memorialístico que revestira as obras do historiador-folclorista. Acenando para os silêncios, os interditos, os conflitos e a constante tentativa de conciliação dos desacordos aparentes, já que Câmara Cascudo, contrariamente a Paulo Freire, não precisara sair de sua terra e exilar-se noutro país no período da Ditadura, e costumava receber em sua residência vários setores da atividade política e intelectual brasileira.

Por sua escolha de fixação em sua terra Natal, Câmara Cascudo - mesmo tendo recebido vários convites de diversos âmbitos intelectuais para residir em centros, na época, considerados mais avançados - recebera o título de Afrânio Peixoto de “Provinciano Incurável”; título que o historiador, "guardião da lembrança", acolhera como imagem de sua identidade e adotara em uma de suas publicações.

Para Margarida Neves, Câmara Cascudo também adentrando no universo da etnografia, do exercício incansável de registrar as origens das festas, dos hábitos, da fala, dos mitos e lendas, das festas, das superstições, dos trabalhos e das “metáforas expressivas” do povo em torno dos “seus mistérios”; confirma

[...] seu lugar social e seu entendimento de que o intelectual detém um saber que é também um poder: ele é o pontifex, o exegeta capaz de revelar os segredos ocultos numa sabedoria ancestral que o povo conserva e transmite, de geração à geração, porque, convém não esquecer, para ele a tradição é ciência do povo (NEVES, 2002, p. 65-85).

Após a fala da expositora, foram abertas as inscrições ao público para questionamentos aos professores participantes da Mesa Redonda, e a professora Margarida Neves despertara tanto entusiasmo científico na platéia que fora indagada por questões relativas à identidade e à memória autobiográfica.

Eu, particularmente, saí do salão tão notoriamente fascinada que ainda guardo, na lembrança, as cores e os sabores dessa experiência que, para mim, se revestiram de significados simbólicos, sejam afetivos e/ou intelectuais.


5 Finalizando sem Concluir a Narrativa...


O III CIPA foi um evento inesquecível, memorável. Por isso, fiz questão de transcrever as impressões, sentimentos, emoções, interações interpessoais e científicas vivenciadas durante o período de realização do Congresso; para que as lembranças não se apaguem da memória, e que, através do exercício autobiográfico, possam se materializar no longo corredor do tempo.

Cuidei aqui de deter maior atenção para aquilo que a minha vista e expectativa mais efetivamente se moviam: o encontro com a historiadora Margarida Neves e a exposição de seu trabalho. E, à Margarida Neves oferto essas singelas linhas.

Entretanto, todas as atividades existentes na programação do Evento repercutiram em mim de forma única, ímpar, exigindo mais páginas para que se pudessem narrá-las. Por essa razão, como últimas linhas - digo inconclusivas! - gostaria de parabenizar e agradecer aos professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN que foram diretamente responsáveis pela Organização do III CIPA:

Recebam todos os meus sinceros elogios e agradecimentos.



Notas


[1] NEVES, Margarida de Souza. História, Memória e Memorialística. In: MODERNOS Descobrimentos do Brasil, Rio de Janeiro: PUC-Rio. Disponível em: http://www.historiaecultura.pro.br/modernosdescobrimentos/desc/meireles/frame.htm. Acesso em: 18 set. 2008.

[2] Fiz a opção da narrativa na primeira pessoa do singular também para combinar a linguagem ao tema do III CIPA, ou seja, ao estudo autobiográfico. No texto, também utilizo de expressões usadas pela pesquisadora Margarida Neves nos estudos aqui examinados. Essas expressões encontram-se na escrita destacadas entre aspas.

[3] APRESENTAÇÃO. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA (AUTO) BIOGRÁFICA. Formação, Territórios e Saberes, III. Anais..., Natal, 14 a 17 set. 2008. Org. Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari Passeggi, São Paulo: Paulus; Natal: EDUFRN, 2008.

[4] NEVES, Margarida de Souza; LÔBO, Yolanda Lima; MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio. Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro: Puc-Rio; Loyola, 2001

[5] ______. Por mares poucas vezes navegados: Cecília Meireles e a literatura infantil. In: MODERNOS Descobrimentos do Brasil. Rio de Janeiro: PUC-Rio. Disponível em: <http://www.historiaecultura.pro.br/modernosdescobrimentos/desc/meireles/pormares.htm>. Acesso em: 12 jan. 2007.

[6] Ver nota [1].

[7] NEVES, Margarida de Souza. O Artesanato da Memória. Luís da Câmara Cascudo e a Narrativa Autobiográfica. (Resumo). In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA (AUTO) BIOGRÁFICA. Formação, Territórios e Saberes, III. Anais..., Natal, 14 a 17 set. 2008. Org. Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari Passeggi, São Paulo: Paulus; Natal: EDUFRN, 2008.

[8] ______. Artes e Ofícios de um “Provinciano Incurável”. In: Revista Projeto História – Artes da história e outras linguagens, n. 24, jun. 2002, São Paulo: PUC-SP/EDUC, p. 65-85. Disponível em: http://www.historiaecultura.pro.br/modernosdescobrimentos/desc/cascudo/icascudoroteiros.htm. Acesso em: 18 set. 2008.

[9] Segundo Neves (2002, p. 65-85), a musa Clio é um ser “capaz de expressar-se em distintos idiomas e talvez seja possível encontrar rastros de sua presença em territórios, em princípio, diversos de um solo rigorosamente demarcado como o seu por fronteiras disciplinares”.