por Lou Vilela
Minha poesia anoiteceu
verde-rosa-enlamaçada
metida em buscas
de letras soterradas.
Mutilada esper_nç_!
Executa-se um choro brasileiro
- origem, Rio de Janeiro.
Braços firmes a(bril)molecem
olhares que se misturam ao barro:
o artesão modela novos dias.
..............por Líria Porto
olhos barrentos
transbordam durante
as enchentes
transformam em charcos
os corpos cansados
de sofrimento
por Fafi
Mais de 200 pessoas mortas.
Enquanto só morrem os pobres
Não há Culpados ou Responsáveis.
por Hercília Fernandes
É preciso dizer:
- não é a chuva vilã!
Deus nem o diabo fazem história!
Homens clamam fortuna pela derrota
Criam morros castelos [ encostas ] de-
visões...
A marginalidade fabrica heroísmos
O altruísmo dos que, ano a ano,
fingem nada enxergar...
Os gritos, quando se somam, podem ser ouvidos à distância?!
ResponderExcluirSignificativa postagem, Hercília, neste momento em que, consternados, temos o dever de fazer a nossa parte – tantos criticam, mas nada fazem.
Triste e nauseante é observar a atuação de correntes político-filosóficas que insistem em explorar a tragédia em prol de seus interesses e ignoram o principal: as vidas afetadas!
O problema e o erro são antigos sim, necessitam ser corrigidos com a maior brevidade – isso é fato!, então, que no lugar da ‘caça às bruxas’ energias sejam somadas para evitar danos ainda maiores, bem como para a resolução definitiva e eficaz do problema.
Obrigada minha cara, por fazer deste espaço um canal para propagar os nossos gritos, mesmo quando 'inaudíveis'.
Lou
cada dia uma coisa - e hoje as nuvens estão cinzentas... paga-se imposto até para respirar! as sepulturas são de lama...
ResponderExcluirbesos
Lou,
ResponderExcluiracredito que externar a nossa indignação já é uma forma de atuar politicamente. As eleições se aproximam e é preciso que se ampliem as discussões em torno da marginalidade a que muitos estão submetidos.
Líria,
o 8 de abril nos deixou nublados, não é mesmo? Aliás, esses dias têm sido cinzas...
Um beijo, queridas Poetas!
Difícil de escrever sobre esse tema. Vcs trataram de forma delicada. Poetisas sensíveis como vcs, que admiro.
ResponderExcluirBeijo.
Esses quatro pequenos-GRANDES poemas
ResponderExcluirtocam-me com mais força
que horas e horas de transmissão televisiva.
Sentindo o dedo na ferida,
agradeço pelo "alerta".
Um bjo a todas,
Talita.
Lara & Talita,
ResponderExcluirmuito obrigada pela boas leituras e pertinentes considerações.
Beijos, Amadas!
H.F.
É triste, verdadeiro, mas as vozes aqui escolhidas, gritam e espero que propaguem o que disse a Lou. Não é a natureza a culpada, ou como diz Hercília, não é a chuva, a vilã.
ResponderExcluirChoramos lágrimas barrentas como a Líria e Fafi destacou a estatística.
Esperança não pode faltar, embora já estejamos cansados das promessas dos governantes.
Parabéns, Hercília pela iniciativa!
A todas que se manifestaram, meu aplauso.
Beijos
Mirse
Mirse,
ResponderExcluirmuito obrigada por trazer ao Novidades & Velharias a sua indignação e grito.
Excelente leitura e clareza do acontecimento você nos mostra: obrigada!
Beijos, minha amiga carioca!
H.F.
Forte..."Não é a chuva vilã"
ResponderExcluirAcabo de ler a entrevista de Marcelo Novaes e estes tocantes poemas.
Parabéns pelo seu trabalho.
Cris
A natureza não é culpada.
ResponderExcluirA chuva não é vilã.
É o homem
- sempre o homem -
a causa e o efeito
do que lhe acontece.
Aqui de Minas,
entristeço-me duplamente:
pelos tantos atingidos
e pela inércia diante dos fatos.
Pois oferecer
abrigo e alimento
é apenas um dever moral:
solidariedade.
Onde uma iniciativa governamental
- séria, responsável e tardia -
para minorar a tragédia
e evitar as próximas?
Muito obrigada, Hercília,
pela oportunidade do desabafo.
Um grande abraço,
doce de lira
É muito bom quando a poesia acontece seja por que motivo for. Parabém e beijos.
ResponderExcluirOi Hercília,
ResponderExcluirtodos os poemas postados são lindos e fortes na mensagem que transmitem... Uma voz poética uníssona em lamentação... Bj,
Úrsula
Cara Hercília,
ResponderExcluirbom ter a sua sensibilidade: permite diminuir - ou aceitar - a dor. Parabéns pelos textos. Abraçso, Pedro.
Cristina,
ResponderExcluirRenata,
Graça,
Úrsula,
Pedro du Bois
Muito obrigada por virem ao Novidades & Velharias expressar opiniões sobre o fenômeno ocorrido em Niterói.
Uma semana iluminada para todos vocês!
Beijos,
H.F.
Olá!!Hercília Fernandes*
ResponderExcluirLou Vilela
Líria Porto
Fafi
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"Executa-se um choro brasileiro- origem, Rio de Janeiro."
"corpos cansados de sofrimento..."
"Não há Culpados ou Responsáveis.
fingem nada enxergar..."
"[ não é a chuva vilã!... ]"
Palavras com sentimentos entre poesias sangrentas e mortais, o Rio de Janeiro chora entre lamas, o Rio do samba da alegria e da simpatia ;está de LUTO
Como está a cidade Maravilhosa!!Como está o Cristo Redentor com braços abertos para um povo que se perdem em lama !!
Sangrando com seus mortos ?
Rio quarenta graus!!200
mortos por abandono !De quem ?
Nossa alguém na televisão gritou: do povo que levantou casa em lugar impróprio!!E agora joão /Maria/Pedro/Antonio/Carolina
Todos em silencio no mar de lama entre seus pertences e parentes...(mortos corpos nus)
Onde está o poder da cidade?
a pobreza que cresce na mão do trabalhor e a riqueza que gera favela nos morros sem condições de sobrevivência.
Onde está os 200 e muito mais eleitores ? Onde está nosso povo ?
só queremos uma resposta ,que não venha do morro.Quero resposta do alto poder político. O povo não pode falar!!ele chora...morreu a democracia ,a igualdade dos direitos.
Rosa
Olá!!Hercília*
ResponderExcluir"Quando digo onde está nossos mortos? Este momento é ilusório tento mergulhar na lama da procura onde sei que estão."
BJS/*Rosa
Obrigada, Linda Flor, pela clareza e profundidade de suas palavras.
ResponderExcluirUm forte abraço, Rosa!
H.F.
Opa, festival de poesias....
ResponderExcluirMuito bom...
[]s